Mães Que Oram

Minha casa, um lugar de delícias

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Viver em família é como estar em uma construção diária. Construímos os nossos relacionamentos de marido e mulher, mãe e filhos, todos os dias. Não é uma tarefa fácil, mas pode ser deliciosa. Porém, para que a nossa casa seja um lugar agradável tem que haver AMOR. E amor, diferente do que muitos pensam, não é um sentimento. Ele é uma construção que exige esforço.

A Bíblia nos apresenta o amor como um caminho, como uma decisão. Não como algo que percebemos em nossos coração, como um frio na barriga ou um sentimento arrebatador. Na Palavra aprendemos que o amor é um caminho sobremodo excelente, conforme está escrito em I Coríntios 12.31b: “Passo agora a mostrar a vocês um caminho ainda mais excelente”.

Uma das passagens mais conhecidas da Bíblia está em Coríntios 13. É nela que o apóstolo Paulo nos ensina o que significa andar sobre esse caminho excelente.

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá. Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. (I Cor 13. 4-10)

Não é linda essa descrição? Esse é o caminho que devemos ter como base em nossas casas. É como se o amor fosse o oxigênio que toda família deve respirar para se manter de pé. O amor também funciona como a base do lar. Sem ele não há construção. Mas, como em toda boa obra, existem dificuldades e desafios.

Ao longo dos meus 24 anos de construção, ao lado do meu marido e dos meus dois filhos, aprendi que as dificuldades vem. Elas surgem a todo momento. Umas maiores, outras menores. Nesses momentos temos que parar tudo e pedir a Deus que nos dê a percepção correta, para continuarmos a caminhar na construção do amor.

Mas é importante dizer que nesse processo não estamos sozinhos, Deus é o arquiteto e Ele acompanha a obra de perto, em detalhes. Para que nunca nos esqueçamos disso, está escrito em Hebreus 13.5b: “Eu nunca abandonarei você, nem o desampararei”.

Em Isaías 58.11, também está escrito: “E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam”.

Sim, Ele está EM nós, dentro de nós, e pode nos ajudar a construir esse ambiente de delícias. A família foi chamada por Deus para ser um lugar de refúgio, uma produtora de saúde. Porém, infelizmente, algumas vezes ela acaba se tornando uma produtora de doenças.

Se o caminho do amor nos ensina a perdoar, a ter esperança, a viver a verdade, a trabalhar as questões do dia a dia, dialogar, orar e ler a Bíblia juntos, o caminho da doença nos leva a tomar decisões opostas. Ele nos conduz a manter as angústias caladas, a nos fecharmos em nossos problemas e frustrações. Ao escolher o caminho contrário ao amor, acabamos em uma construção frágil.

A Bíblia é o nosso manual de comportamento e observando as famílias descritas na Palavra percebemos que elas sofreram reveses na vida. Sabe o que isso nos ensina? Que não existe família perfeita. Estamos sendo transformados de glória em glória, à medida em que construímos o nosso cotidiano baseado em amor.

É possível transformar o nosso lar em um lugar de delícias. Mas temos que lutar por isso. Não somente para desfrutarmos desse lugar maravilhoso, mas porque precisamos acreditar que “a família é o cenário de treinamento de todos os papéis que vamos desempenhar ao logo da vida” (como nos ensina a Dra. Ilma Cunha, no livro Família, lugar de refúgio ou campo de batalha).

Quando há virtudes na casa, quando o casamento é visto como um alicerce espiritual, você cria filhos e funda a próxima geração com uma base solida. Você está dando à sua descendência algo que ninguém pode roubar. Bens, patrimônio ou herança podem passar. Mas exemplo de vida, de conduta, de casamento, é o que eles precisam. Porque quando chegar a hora de sair de casa seus filhos terão condições de fundar a próxima geração. E qual será a memória da dinâmica familiar que eles vão levar quando chegar a hora de voar sozinhos?

A família é construtora de memoriais. As pequenas atitudes que você toma hoje, a forma como você fala com o seu marido, como responde às necessidades das crianças estarão marcadas para sempre nos corações. Você já pensou nisso?

Que a nossa família possa construir memoriais de DELÍCIAS e que elas perpetuem por gerações. Que sejamos guiados para agir em amor e para interceder pelos nossos lares. Que tenhamos a consciência da importância de deixar boas lembranças e que as nossas casas sejam sempre um lugar maravilhoso para se estar.

Por Eiricka Braga

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