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Vamos falar de dinheiro? - Mães Que Oram Contato  do whatsapp Mães que oram

Vamos falar de dinheiro?


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Tá aí um assunto muito importante que faz muitas famílias viverem verdadeiras guerras! Mulheres que gastam demais, homens que entendem de menos, casais descontrolados financeiramente, outros controlados excessivamente, filhos que não sabem administrar as mesadas, e muita gente sem saber como lidar com este assunto.

Para tirar dúvidas e orientar as famílias, nós conversamos com o consultor financeiro Diogo Gonçalves. Além de saber tudo sobre grana, Diogo é da Igreja Batista da Lagoinha e tem uma família linda: ele e Brenda são pais da Helena de dois aninhos e estão esperando a Mariana!

Esperamos que vocês gostem desse bate papo!

1- Existe alguma regra de quem deve assumir as finanças da família?

Não. Mas é melhor deixar para quem tem mais familiaridade com o assunto. Não precisa ser necessariamente o homem. Normalmente, marido e esposa vêm de famílias diferentes, e pode acontecer dela ter mais entendimento sobre finanças do que ele. Lá em casa, como eu estudo sobre este assunto, acabo sendo o responsável. Mas é sempre melhor deixar a administração familiar para quem tem mais habilidade. 

2- Então a mulher pode assumir a administração financeira da família?

Deve! É ela quem deve administrar as finanças da casa se tiver mais facilidade com esse assunto. Mas à luz da Palavra de Deus, o homem tem a obrigação sacerdotal de prover a família. Mas isso é diferente de administrar as finanças. Então, mesmo que a mulher controle o dinheiro, que veja os números, o homem é quem tem o dever de trazer provisão. Se ela percebe que tá faltando, ele tem que correr atrás para suprir. Trabalhar mais, se for o caso. Esse é o papel que eu vejo para o homem, na Bíblia. 

3- Existe diferença na forma como homens e mulheres lidam com o dinheiro?

Sim. Nos meus estudos percebo que as mulheres são mais cuidadosas, mais cautelosas não só com o dinheiro, mas em tudo. 

4 – E as crianças? Como introduzir esse assunto para elas?

Eu tenho visto, estatisticamente, que de seis a nove anos é o momento de introduzir esse assunto. Mas com muita cautela. Nessa época de crise algumas pessoas me perguntam se devem compartilhar com os filhos as dificuldades. Eu creio que sim, mas sem entrar em detalhes desnecessários e desde que seja de uma forma educativa. Por exemplo, explicar: “Papai está com mais dificuldades, mamãe está ganhando menos, estamos com as despesas altas e está difícil pagar as contas. Então, vamos passar por um momento novo, com mais atenção na hora de gastar. Ao invés de passear sábado e domingo, vamos sair no sábado para onde já temos costume, mas no domingo vamos a um lugar onde podemos gastar menos. Eu queria que você tivesse mais atenção no banho, a àgua está acabando e a energia elétrica também está mais cara…”. E por aí vai. Mas trazer essa consciência, essa reflexão para os filhos, como algo educativo. Não sair falando que está endividado, que não consegue pagar as contas. Nada disso. Podemos falar de dinheiro no dia a dia a deles. Já converso sobre isso com a minha filha de dois anos. Quando preciso trabalhar e ela agarra na minha perna me pedindo para ficar, eu explico: “Filha, papai trabalha para ganhar dinheiro. Para pagar a casa onde a gente mora, a sua cama de princesa, a sua escolinha, a comidinha. Papai precisa ir”. Eu vou introduzindo o assunto na realidade dela, de acordo com o entendimento que ela tem. Com uma criança de seis, sete, ou oito anos já dá para ser mais claro, falando por exemplo: “Vamos apagar a luz do quarto, porque ela custa dinheiro. E dinheiro é difícil de ganhar”. 

5- Dar mesada para criança é saudável?

Eu acho hiper saudável porque ela passa a ter o próprio dinheiro, mesmo que não tenha feito nenhum esforço para conseguir. Apesar de que você pode atribuir alguma tarefa como condição. Por exemplo, se comportar ou realizar algo. Além disso, ela vai ter que aprender a esperar para receber. Eu começaria com a “semanada”, porque um mês é um tempo muito longo para a criança ter dimensão. Explique que aquele dinheiro pode servir para o lanche da escola e o que ela juntar dá para passear e comprar alguma coisas. Depois de um ou dois anos, pode introduzir o conceito de mesada. Mas que não precisa ser o valor da “semanada” multiplicado por quatro. Se começar com R$10,00 por semana, pode dar um pouco mais, tipo R$50,00, para administrar ao longo do mês. Esse valor “tão maior” vai exigir mais responsabilidade. E vai transmitir também o conceito de poupar. 

6- Em tempos de crise como as famílias podem administrar as finanças para evitar o endividamento?

Em tempos de crise, ou não, temos que planejar. O básico das finanças passa por isso. Já participei de várias palestras, de vários cursos, e todo consultor financeiro é unânime: tem que ter uma planilha. Ela é o único meio de você saber quanto ganha e quanto gasta. Você precisa escrever e enxergar. Eu uso uma que é bem fácil e dividida por áreas que vou disponibilizar aqui. Ela serve para você ver para onde o dinheiro está indo. Porque, por exemplo, você não consegue diminuir gastos com remédios ou com o médico, mas com alimentação você consegue. Dá para mudar o tipo de comida que leva para casa. A planilha nos ajuda a enxergar quais despesas podemos reduzir. 

7 – E o que é mais fácil reduzir? Por onde começar?

Muita gente gasta com internet, TV a cabo e celular. Você pode renegociar a conta, diminuir os pacotes, solicitar menos canais, menos minutos, por exemplo. Com supermercado também dá. Eu tenho uma meta. Fico o tempo todo falando com a minha esposa se está na hora de reduzir, de não estocar produtos, de comprar menos, de escolher melhor o que levar, para não fugir do nosso objetivo. Pela planilha dá para ver também se o financiamento de um carro, por exemplo, está pesando demais. Talvez seja melhor trocar por um modelo mais barato, que consuma menos. Temo que avaliar. Principalmente porque as pessoas tem a mania de comprar e se esquecem que têm taxas, IPVA, combustível. Tem que colocar no papel para ver quanto tudo isso custa.

8- Quais outros hábitos podem ser mudados?

O salão de beleza é outro exemplo. Ao invés de fazer a unha toda semana, a mulher pode passar para a cada 10 dias. Os homens podem cortar o cabelo a cada 45, ao invés de todo mês. Academia é outro item que pode ser administrado. É importante investir nisso porque faz parte da saúde, mas ninguém precisa malhar no lugar mais caro da cidade porque está na moda. Cada pessoa tem a sua realidade. Creio que podemos reduzir muitos gastos, mas a última coisa a ser cortada deve ser despesas relacionadas a educação. 

9- Com toda essa crise e com a onda de desemprego é possível se preparar de alguma forma? 

A gente sente a crise porque as coisas aumentam e o salário não, e o poder de compra diminui. Sem falar que existe a possibilidade de perder o emprego. Para isso existe um cálculo interessante. O ideal é que uma pessoa de até 40 anos tenha pelo menos 6 salários guardados (em poupança ou qualquer tipo de aplicação), para que ela tenha um tempo razoável para recolocação no mercado. Assim ela consegue manter o mesmo padrão de vida por este tempo, enquanto procura um novo emprego. Para pessoas com mais de 40 o ideal é ter 12 salários, porque pode ser mais difícil se recolocar. 

10- A Bíblia fala algo sobre planejamento financeiro?

Sim, Tem uma passagem que eu gosto muito. Lucas 14.28-30. Diz o seguinte:

“Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir, mas não pôde terminar!’”

Planejamento é tudo na vida. É antecipar alguma demanda. Se você sabe que vai ter que gastar, você planeja não gastar tudo o que recebe. Uma outra dica, que não está na Bíblia, mas serve muito para esta época, é comprometer no máximo 85% do salário com as despesas. Poupe 15%, especialmente para momentos como este. Assim, se a empresa onde você trabalha reduzir a jornada, colocar os funcionários em outro regime, ou tomar qualquer medida que afete o salário, fica mais fácil se reorganizar.

11- As famílias devem orar pela vida financeira?

Com certeza! Quando você faz as coisas certas e quando Deus está no meio é diferente. Temos que buscar dEle sabedoria e assim vamos conseguir planejar. E também entenderemos o que Ele tem para nós. Não precisamos fazer nada só para aparecer. Tem gente que vai a restaurante e tira foto para mostrar para os outros o que está fazendo. Há quem ande com pessoas com poder aquisitivo muito maior só para manter as aparências, e acaba tendo que bancar uma vida que não é real. Quando buscamos a Deus podemos viver a nossa realidade, independente de qual seja. De fartura ou de recessão. Vemos muitos casos de pessoas que tentam acompanhar um padrão que não podem e acabam se endividando. Uma má administração financeira pode trazer muitos problemas e a falta de dinheiro é quase fatal para os casamentos. Ter dinheiro não é pecado, mas ele tem que trabalhar para a gente e não a gente para ele.

Segue abaixo planilha financeira criada por Diogo que é uma ótima ferramenta de ajuda para organização financeira familiar:

http://bit.ly/napontadolapistv