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O crime de Charleston e o Perdão!

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Que tal começarmos a semana falando sobre perdão? Este foi um estudo que fizemos há algum tempo e gostaríamos de compartilhar com vocês.

Pare e pense por alguns instantes nas situações dolorosas que você enfrentou e nas vezes em que você precisou perdoar quem te feriu. Agora pense em situações corriqueiras, nas coisas pequenas, que alguém te fez e que também foi necessário perdoar. Tenho certeza que só de lembrar disso, você sentiu um certo desconforto. Definitivamente falar de perdão não é fácil. Praticar o perdão menos ainda. Mas se fomos machucadas, se alguém errou conosco, se estamos cobertas de razão, por que devemos perdoar? Simples, porque é um princípio bíblico. E porque nós somos perdoadas diariamente por Aquele que nos salvou.

“E, quando estiverem orando, perdoem os que os ofenderam, para que o Pai de vocês, que está no céu, perdoe as ofensas de vocês. Se não perdoarem os outros, o Pai de vocês, que está no céu, também não perdoará as ofensas de vocês.” (Marcos 11.25,26)

“Não julguem os outros, e Deus não julgará vocês. Não condenem os outros, e Deus não condenará vocês. Perdoem os outros, e Deus perdoará vocês. (Lucas 6.37)

E tem mais: o perdão nos faz mais leves. Escolher o caminho do perdão é uma das coisas mais libertadoras que alguém pode fazer. Já a falta dele é como amarrar uma pedra na perna de alguém, e ver essa pessoa se arrastar para o fundo do mar. É como beber uma dose de veneno diariamente, e desejar que quem nos feriu morra.

Temos o hábito de nos lembrar dos erros que as pessoas cometem contra nós, mas e aquilo que nós fizemos contra os outros? Intencional ou não, todos os erros, todas as falhas, necessitam ser perdoados.

Na semana passada um crime terrível aconteceu na cidade de Charleston, nos Estados Unidos. Um homem de 21 anos entrou em uma igreja metodista, assistiu a um estudo bíblico, e no final assassinou 9 pessoas. Ele simplesmente atirou contra homens e mulheres que ele nem conhecia, apenas por questões raciais. Dylann Roof, o criminoso, é branco, as vítimas eram negras. Dylann foi preso e levado para uma audiência preliminar.

O que aconteceu ali, na corte, foi impressionante. O juiz permitiu que os parentes das pessoas assassinadas falassem com aquele homem. Mas ao invés de ódio, Dylann recebeu palavras de perdão. Todas aquelas pessoas que têm motivos para exigir que a justiça seja feita, que a pena máxima seja aplicada, escolheram outro caminho. Elas fizeram questão de dizer que mesmo sofrendo, mesmo não podendo mais abraçar os entes queridos, mesmo sabendo que gente de bem morreu sem motivo algum, o ódio não venceria. E essas pessoas, tão feridas, aproveitaram a chance para desejar que Dylann recebesse o amor de Cristo e tenha vida transformada. Elas escolheram o caminho do perdão e quiseram que ele soubesse disso.

O ato desses cristãos nos ensina muito. Certamente a vida deles nunca mais será a mesma. A saudade será constante. Quando eles entrarem na igreja onde o crime aconteceu, provavelmente a dor gritará. Mas a partir do momento em que essas vítimas da violência decidem que o amor será maior que o ódio, a paz é fortalecida, o coração é consolado, o sofrimento se torna um pouco menor.

Que nós possamos aprender a perdoar. Todos os dias. A todas as pessoas. Porque foi exatamente isso que Cristo fez por nós na cruz do Calvário, quando Ele assumiu os erros que Ele nunca cometeu, para que pudéssemos caminhar em paz. Na cruz Ele olhou para cada um de nós e disse: “Eu te perdoo”. Que assim como o nosso Mestre, que possamos abrir mão da justiça própria, para sermos envolvidas pelo manto do perdão.

Que Deus te abençoe!

Ps: Amanhã vamos postar a segunda parte deste estudo. Até lá!