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Minha Superação - Testemunho, por Cynara Rúbio - Mães Que Oram Contato  do whatsapp Mães que oram

Minha Superação – Testemunho, por Cynara Rúbio


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Cynara

Passado quase três anos, aqui estou eu, para escrever oficialmente sobre o meu retorno ao Evangelho e a Cura de um câncer na cabeça do meu filho, que na época tinha 4 anos.
Você pode pensar que não, mas existe uma batalha real no mundo espiritual entre o bem e o mal, o céu e o inferno, a invencibilidade de Deus e insistência do diabo.
Todos os dias, todos os minutos e segundos satanás trava uma batalha contra as nossas vidas. Ele sabe que é limitado e foi derrotado por Jesus Cristo, no entanto, ele não desiste e se apresenta através dos seus secretários para tentar tirar a nossa paz, a nossa alegria, e todas as promessas de Deus pra nós.
Mas Deus é grande e perfeito, tem a chave do inferno nas mãos, e ama a sua criação, ao ponto de entregar o seu filho por ela. Quanto privilégio!
Meu nome é Cynara, sou fruto de um casamento jugo desigual. Fui criada como cristã por parte de mãe e muito amada por um pai que não tinha uma experiência real com Jesus, mas era simpatizante ao evangelho.
Aos 15 anos me decidi por Jesus e fui batizada. Aos 16, saí para uma volta no mundo e essa volta durou aproximadamente 19 anos.
O temor ao Senhor sempre me acompanhou e por muitas vezes no mundo me senti perdida, mas nada que me fizesse voltar ao primeiro amor. Vivia muito bem aos meus olhos, vivia bem com a minha família, tinha um namorado bacana, era realizada profissionalmente, benquista na minha cidade e etc.
No mundo, comecei a namorar e me casei após 10 anos de namoro e tive um filho pouco tempo depois. O maior presente do mundo eu recebi no dia 03.08.2011! Um menino, lindo! O nome dele Murilo. Tudo pra mim, companheiro educado, saudável, apaixonado pela mamãe. O meu príncipe!
Trouxe tanta alegria pra nossa casa, tudo era pra ele, nossos planos, nossos passeios, nossos investimentos… Ele cresceu, fez um ano, dois, três e quatro, sempre nos dando alegria.
Quando o Murilo fez 4 anos, eu e meu marido (Adriano) decidimos ter mais um filho. Planejamos tudo e dentro de quatro meses eu estava grávida do meu caçulinha, o Romeu. Quando completei o quarto mês de gravidez, resolvemos fazer uma viagem de férias para o Sul do país junto com alguns amigos.
Tudo planejado detalhadamente, a viagem se aproximava, e uma situação inusitada aconteceu: Murilo começou a passar mal. Sentia-se cansado, vomitava e andava desequilibradamente, como se estivesse alcoolizado.
Ficamos bastante preocupados e o levamos ao médico, mas esse disse que de acordo com o sintoma, podia ser labirintite ou sinusite com comprometimento dos sinos, que era responsável pelo equilíbrio.
Dissemos ao médico que tínhamos uma viagem marcada há muito tempo e estávamos pensando se iríamos ou não. Ele nos aconselhou a viajar, uma vez que o período era de pré-carnaval e a cidade onde morávamos era interior. De acordo com o raciocínio dele, era melhor estar mais próximo de um grande centro, caso a situação se agravasse, principalmente se tratando de véspera de carnaval. E aí, viajamos nós para Balneário Camboriú.
A viagem foi tranquila, mas os sintomas continuavam cada vez mais evidentes. Chegamos em Balneário, a situação complicou um pouco, o Murilo estava cada vez mais pálido, quietinho e vomitava muito. Mal conseguia ficar em pé, se alimentava pouco e não se sentia confortável em nenhum outro lugar que fosse a cama do hotel.
A nossa preocupação foi aumentando, tinha um médico amigo no nosso grupo, e ele preocupado começou a fazer contato com outros médicos amigos dele para tentar nos ajudar e nos encaminhar para um especialista certo. Depois de alguns telefonemas, ele sugeriu que procurássemos um neuropediatra para uma consulta. Marcamos uma consulta com esse especialista no Rio de Janeiro, cidade onde iríamos pousar em dois dias.
A medida que as coisas foram apertando, eu grávida de quase seis meses do Romeu, comecei a clamar a Deus em favor do meu filho. Dobrava os meus joelhos no quarto de hotel juntamente com o meu marido e ali ficávamos alguns minutos orando; o nosso pedido era pra que o diagnóstico fosse revelado para que assim o Murilo pudesse ser tratado.
A viagem pro Rio foi muito difícil, ele quase desmaiava toda vez que precisávamos fazer um movimento. Nossos corações apertavam, mas estávamos confiantes de que seria um diagnóstico simples.
Chegamos no Rio, e uma hora depois estávamos dentro do consultório do médico neuropediatra. Ele fez alguns testes e em seguida solicitou que fizéssemos uma tomografia do crânio. Eu via que ele estava preocupado, via como ele olhava para o Murilo e para minha barriga.
Fizemos o exame e pouco tempo depois estávamos no consultório dele novamente com o resultado. Ele chegou, abriu o exame, olhou no fundo dos meus olhos, olhou pra minha barriga, respirou e disse: “como eu já suspeitava, temos um caso grave de tumor no crânio. O Murilo precisa ser internado e operado às pressas.”
Eu vi tudo escuro por alguns segundos. O meu marido me abraçou chorando e eu disse assim para o Senhor: “a minha hora contigo chegou. É Senhor, você estava com saudade de mim! Eu me rendo!”
Nesse momento eu pude contemplar com meus olhos um sorriso do Espírito Santo, como se estivesse me dando as boas-vindas. O momento era de desespero, mas eu senti paz. Uma paz que não vinha de mim e nem da circunstância. Eu estava em guerra, mas não estava sozinha.
Saímos do consultório do médico, com nosso filho no colo e fomos direto para o hospital. O Murilo foi internado e em seguida começaram os procedimentos.
Os sintomas iam se agravando, a essa altura ele já estava sem andar, a visão já estava comprometida e a temperatura oscilava o tempo todo. Depois de quase um dia em observação, a equipe médica chegou à conclusão de que teriam que fazer uma drenagem na cabecinha dele, pois o líquido que o tumor liberava estava comprimindo algumas funções.
Feito esse procedimento, era hora de prepará-lo para a cirurgia e consequentemente para a biópsia. Não bastava ser tumor, era preciso investigar se era um tumor benigno ou maligno. Foi nesse momento que eu me dei conta de que aquela enfermidade poderia ser um câncer.
Durante o preparo para a cirurgia, descobrimos que o Murilo não poderia ser operado no Rio, pois o nosso plano de saúde não cobriria os custos dessa cirurgia lá. Fui tomada por uma insegurança muito grande, pois já estávamos familiarizados com os médicos, com os enfermeiros e com o local. Tentamos negociar, oramos muito, mas não teve jeito. Fomos transferidos para Belo Horizonte-MG.
Eu particularmente, não queria de jeito nenhum, pois conhecíamos poucas pessoas na cidade.
Chegando em BH, fomos direto para o hospital. O hospital era maior e a equipe médica nos recebeu muito bem, mas eu ainda estava insegura. A essa altura eu já tinha estabelecido uma rotina de oração, eram muitas situações novas e se não fosse o Senhor, com absoluta certeza, eu não conseguiria. A orações eram simples, como são nossos assuntos com uma pessoa que acabamos de reencontrar. Eu me lembro que pedia muito a Deus que colocasse boas pessoas e bons profissionais pra cuidar de nós e que tudo de melhor nos acontecesse.
Passou-se um dia e nos encontramos com médico para conversarmos sobre a retirada do tumor e planejamento dos dias do Murilo no hospital.
Segundo ele, o caso era muito grave, a cirurgia era grande e podia deixar sequelas irreversíveis e se agravar um pouco mais após a biopsia, caso o resultado dela fosse maligno.
Foi como um chute na canela, eu sinceramente achei que as coisas tinham perspectivas de melhora e pronto. Fiquei muito assustada, intensifiquei muito orações e pedi muito a deus pra que ele fosse curado e curado perfeito.
A 1ª cirurgia
Três dias depois que chegamos ao hospital o Murilo fez a cirurgia de retirada do tumor. Foram quase 10 horas de cirurgia, que pareciam 20, o meu coração acelerava, o bebê na minha barriga ficava agitado e por várias vezes eu achava que eu não iria aguentar.
A preocupação era dupla, eu lidava com a sensação de morte e vida o tempo todo. Morte, porque as expectativas de uma cirurgia grande como foi me deixavam com um medo absurdo de perder meu filho, e vida, porque tinha um bebê que ia nascer em poucos meses, eu precisava de equilibrar essas duas forças pra não prejudicar nenhum dos dois. A morte e a vida foram equilibradas através da fé e das orações de muitas pessoas que nos abençoaram.
A primeira cirurgia terminou, como já disse 10 horas depois, o médico veio nos dar um retorno do que tinha acontecido. Segundo ele o procedimento tinha sido um sucesso, fizeram como o planejado e todas as funções do corpo haviam sido preservados. Glorifiquei a Deus por essa vitória e em seguida fui ver o meu filho.
Horas depois, Murilo foi para o CTI pediátrico – que lugar difícil, quantas crianças em situações delicadas, ele ficaria lá por dois dias sem acompanhante. Que dor deixar ele ali, tão debilitado chorando querendo a mamãe. Foi uma das situações de maior sofrimento pra mim, mas talvez a que mais me ensinou. Segurando a mãozinha dele eu perguntei pra Deus: “ Senhor, como eu vou deixar ele aqui assim?” E o senhor me respondeu: “Você vai deixá-lo comigo, como sempre estará a partir de agora.” Eu fiquei com medo, achei que estivesse ficando maluca, mas aquela voz me trouxe paz. Meu marido chorava muito, tínhamos pouco tempo para ficar ali e quando íamos saindo, ele falou comigo: “como vamos deixá-lo aqui?” E eu disse pra ele: “vamos deixá-lo com Jesus.” Ele suspirou, me abraçou e juntos saímos dali.
Dois dias se passaram, íamos ao CTI duas vezes ao dia para vê-lo, mas ligávamos de hora em hora para saber como o Murilo estava, e tudo transcorria bem, sem nenhuma intercorrência, como eles diziam. Ele realmente estava com Jesus.
Depois de cumprir os dois dias de CTI, Murilo foi transferido para o quarto. Foi uma festa, estávamos juntos outra vez, graças a Deus.
A cabecinha estava enfaixada, ele não conseguia andar e falava com muita dificuldade. O médico nos disse que aquele quadro ia se reverter em dias, que todas as funções tinham sido preservadas, que parte do tumor tinha sido enviado para biópsia e que o Murilo precisaria de fazer mais uma cirurgia.
Eu levei um susto e o questionei. Ele disse que o tumor era muito grande e que com uma cirurgia ele não conseguiu tirar tudo o que precisava. Essa cirurgia não seria realizada agora, porque primeiro ele precisava se recuperar da primeira.
Eu sinceramente achei que as coisas iam ser mais fáceis, achei que ia ganhar o meu bebê na minha cidade, que conseguiria dar continuidade ao pré – natal com o meu obstetra, mas não foi assim. Nem o pré-natal eu fiz.
Depois dessa notícia, a nossa programação ficou um pouco mais apertada, eu já estava com 7 meses e meio de gravidez e estava vendo a possibilidade do meu bebê nascer em BH.
O meu marido trabalhava em Espera Feliz de segunda a sexta-feira e viajava todos os finais de semana pra ficar conosco. Eram 700km de viagem todos os finais de semana. Quando ele chegou, conversamos sobre a possibilidade de alugar um apartamento. Primeiro porque Murilo ia ter alta pra se recuperar pra segunda cirurgia e segundo porque estava muito desconfortável pra mim dormir no hospital.
Desde que com o diagnóstico do Murilo foi descoberto, todos os meus dias passaram através da oração, serem consagrados a Deus. Cada passo, cada decisão, cada movimento, tudo. Quando decidimos estabelecer a nossa residência em BH para ter um pouco mais de conforto pra mim e para preparar um lugar para o bebê nascer, eu comecei a orar ao senhor. Nas minhas orações eu pedia algo impossível, mas o que é impossível para o Senhor? Eu pedia que ele nos direcionasse para um lugar próximo ao hospital, um locatário que estivesse disposto a alugar o imóvel por um período curto. Ah! Precisaríamos que o imóvel fosse mobiliado, pois isso facilitaria muito as coisas pra nós.
Pedi a Deus, que nos acompanhasse e que antes que chegássemos a qualquer lugar, ele chegasse primeiro.
Fizemos contato com algumas imobiliárias na vizinhança do hospital, mas não obtivemos sucesso, uma vez que em torno do hospital existiam muitos imóveis comerciais. Os corretores nos desanimaram muito, mas Deus me falava que eu precisava insistir um pouco mais.
Procuramos muito e depois de muito procurar, eu falei com meu marido. “ Cansei, acho que por esse caminho não vamos conseguir”. E aí o Espírito Santo falou comigo: “ Cansou, filha! Agora deixa com seu Pai! Quando você não pode mais só eu que faço.” Descansei, entreguei e confiei, parece meio cliché, meio simples, mas o reino de Deus e Deus é assim.
Tivemos a ideia de bater de porta em porta nos prédios em volta do hospital. Saímos clamando ao Espírito Santo que chegasse primeiro e que fizesse por nós o que não estávamos conseguindo. Fomos eu, meu marido e meu sogro.
Chegamos ao primeiro prédio, um prédio de classe alta, a região era região de imóveis caros, mas não tínhamos outra opção.
O porteiro nos recebeu muito bem. Contamos a nossa história pra ele e ele nos disse que o prédio estava todo alugado, mas que um dos moradores do prédio era corretor de imóveis e talvez soubesse de alguma coisa.
O porteira interfonou pra esse morador e ele desceu para nos atender. Quando ele veio em nossa direção eu vi Jesus de longe nele. Ele veio sorrindo, trazia uma paz no olhar e nos cumprimentou com um abraço forte. E nos perguntou assim: “Como posso servi-los?” Quando ele disse aquilo, daquele jeito eu me arrepiei. O meu marido começou a contar a nossa história e se emocionou. Ele também se emocionou e depois de ouvir tudo, nos disse: “Eu sou corretor de vendas de imóveis, não de locação, mas vou ajudá-los. Vou fazer contato com meus amigos e com os irmãos da minha igreja. A igreja é aqui do lado, nós vamos acolhê-los. A propósito existe um grupo de mães que oram pelos filhos; você podia ir. O grupo se chama “Mães que Oram”; que Deus maravilhoso, nem nas minhas mais detalhadas e específicas orações eu conseguiria pedir isso.
Ele nos disse: “Enquanto não encontramos o apartamento de vocês, quero oferecer a minha casa, para descansar e ser a sua casa. Quero oferecer roupa lavada, almoço, um pão de queijo quentinho e as nossas orações.” Quase desmaiei, era muito céu diante do nosso sofrimento. Esse homem não nos conhecia e nem tínhamos nada pra oferecer pra ele. Nesse momento o Senhor ministrou no meu coração: “Bem-vinda ao reino, filha!”
Ele pegou os nossos contatos e cerca de 10 minutos os nosso celulares não paravam de tocar. Ligavam-nos pastores, corretores, promotor de justiça, deputados, empresários, irmãos e irmãs de todos os bairros de Belo Horizonte. Pessoas nos visitavam no hospital, sempre levando uma coisinha gostosa pra comermos, seguidos de oração e convite para nos juntarmos a eles. Vivemos o corpo de Cristo de forma intensa e constrangedora. Deus foi muito bom e se revelou a nós através desse povo que amamos tanto – Lagoinha Vila da Serra e Vida por Vidas Church.
Comecei a frequentar a reunião das Mães que oram na Lagoinha Vila da Serra. Na primeira reunião que fui, fiquei muito envergonhada. Eu não conhecia ninguém, mas estava convicta de que precisa muito de orar pelos meus filhos e que precisava de ajuda.
Chegando lá, fui muito bem recebida por todas, mas uma mulher se destacou. Sua simplicidade, seu carisma, sua acolhida e o jeito que ela sorria com os olhos, me fez querer ficar perto dela, me fez querer ser como ela. Muitos de vocês talvez a conheça, o nome dela é Ceres. A pastora Ceres! Minha amiga querida, que cuidou tanto de mim, e ainda cuida. Te amo, amiga!
Participei da oração com lágrima nos olhos o tempo todo, era incontrolável. Nunca orei com tanta fé. Aquelas mães reunidas, cada uma com o seu dilema, com seus problemas, buscando em unidade o Senhor, me transformaram no primeiro encontro e me encheram de fé.
No final da reunião, a Eiricka, nossa líder, minha amiga, se emocionou muito com a minha história e ali se tornou um parceira de oração e uma irmã pra vida toda. Eu participava das reuniões com muita timidez, e sentia muita vergonha de orar em voz alta, mas sempre ouvindo a voz do Espírito Santo e obedecendo a sua direção. Eu não perdia as reuniões das Mães que Oram por nada e comecei a frequentar os cultos da igreja a noite juntamente com a minha família. Como me sentia amada nesses dois lugares. Eram como se fossem a minha família, e assim Deus ministrou em meu coração, que ELE tinha me tirado do Rio de Janeiro, perto de parentes e amigos, para me dar irmãos, e num dia de muita gratidão ELE me disse: “É só uma prévia do que você vai viver todos os dias no céu.” Aleluia! É muito bom estar entre irmãos.
O amor pelo ministério ia sendo gerado dentro de mim, junto com o milagre que ia vencer a morte e o milagre da vida que ia nascer de mim e é por isso que vivo esse ministério com tanta intensidade. Ele foi o instrumento que Deus usou pra entregar tudo de melhor que tenho na vida: a salvação e os meus filhos.
O tempo foi passando e eu fiz um voto ao Senhor, que o dia que eu voltasse pra minha cidade – Espera Feliz-MG, eu iria me encontrar com as minhas amigas pra orar uma vez por semana pelos meus filhos, pelos filhos delas e socorreria em oração, todas as mães que precisassem. Eu não sabia como, mas cria em um Deus que com certeza me capacitaria.
E assim aconteceu e acontece desde de setembro de 2016.
Depois de 15 dias de operado, o Murilo estava preparado para fazer a segunda cirurgia e eu pra cesárea, já estava na hora do bebê nascer. Era difícil saber que ele iria passar por todo aquele procedimento outra vez, mas com fé começamos os preparativos. Eu pra minha e ele pra dele.
A equipe médica nos deixava a par de tudo que poderia acontecer com ele e toda vez que eles me dizia que ele poderia perder a visão, os movimentos do corpo e etc. Era como se fosse um chute forte na minha canela, mas eu cria que estávamos ali por um propósito divino e que o Senhor completaria a boa obra.
O Murilo operou uma semana antes de eu ganhar o Romeu, planejamos tudo para que fôssemos pra casa de alta juntos. E assim aconteceu.
Ele operou, ficou no hospital por mais quatro dias e nesse meio tempo eu ganhei o Romeu. Fomos pra casa juntos! Glória a Deus.
O bebê nasceu lindo, saudável, era tão bonzinho, parecia compreendia a guerra que estávamos enfrentando. Minha mãe, minha sogra e uma tia vieram pra BH pra ficar comigo durante o resguardo e os outros dias que seriam necessários para continuar o tratamento do Murilo: 30 sessões de radioterapia.
E assim aconteceu, Murilo fez 30 sessões de radioterapia, e mais uma vez não foi fácil. Morávamos em Vila da Serra e o hospital era o Felício Rocho, uma distância pequena, mas levando em consideração o trânsito era 40 minutos de ida e mais 40 de volta. Parece simples em condições normais, mas eu havia decidido amamentar o Romeu exclusivamente no peito. E aí as coisas complicaram um pouquinho.
Foram dias intensos de muito aprendizado. Durante esse tratamento conheci muitas crianças com problemas piores, pregava o evangelho na sala de espera e enquanto o Murilo entrava para o tratamento, que durava aproximadamente 4 minutos, eu orava de joelhos pedindo ao senhor que aquele tratamento cumprisse o propósito e a eficácia necessária; quando eu terminava, as pessoas me pediam orações, os funcionários do hospital pediam orações. Eu que não sabia nem orar pra mim direito, comecei a orar pelos outros. Que experiência!
Os dias passavam e todos os dias eram iguais, a rotina da radio, fisioterapia, fonoaudióloga, a rotina do bebezinho e os remédios. Cumprimos 30 dias úteis de radioterapia e depois fomos liberados para voltar pra nossa cidade.
Hoje estamos aqui, passaram-se quase três anos. O Murilo segue o controle, mas curado, pra honra e glória do Senhor, não toma nenhum tipo de remédio. É um menino saudável, inteligente e cheio do Espírito Santo. Continuamos orando pelos enfermos e vendo milagres maravilhosos diante dos nossos olhos.
Essa história é dele, e eu vou conta-la até ele poder fazer isso. Todos os dias olho pra ele e digo: “Filho, você é um milagre de Jesus! Eu te amo e amo Jesus por me ter confiado você e a sua história.”
Passado o sofrimento me alegro em Cristo por ter sido escolhida pra viver essa experiência e pelos milagres. Milagre da salvação, milagre de cura, milagre de vida. Nem nas minhas maiores expectativas em Deus eu pensava em receber tanto. Foi um deserto, mas um deserto aos pés de Jesus tem alegria, é colorido e tem flores, eu colhi muitas e ainda colho.
Romanos 5:3,5 – “não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do espírito santo que ele nos concedeu”.
Irmãs, a nossa esperança firmada no Senhor não nos decepciona, o Senhor trabalha com planos maiores e sempre excede as nossas expectativas. Foi um processo longo e tênue, uma batalha invencível aos olhos humanos, mas o que é isso pra Deus?
Sejam todos abençoados e abençoadas, em nome de Jesus!

Cynara@Cynara Rubio