Estamos sempre reclamando que falta tempo para conseguir fazer tudo o que precisamos. Estamos constantemente atarefadas, correndo com os trabalhos domésticos, com a vida profissional, dando atenção para os maridos e nos dedicando aos filhos. E assim lamentamos não poder nos dedicar tanto àquilo que gostaríamos e que nos dá prazer. Como ter mais tempo de qualidade em família, sair para tomar um café com uma amiga, ou jantar a sós com o marido.
Mas o que muitas vezes não percebemos é que estamos gastando tempo demais com o que não deveríamos, investimos os nossos preciosos minutos e horas naquilo que não nos oferece tanto retorno. E à essas “tarefas”, ou manias, damos o nome de ladrões do tempo. Você consegue identificar qual comportamento pode estar te roubando de você mesma? Que tal olhar para aquele aparelho que está sempre pertinho de você? Sim, estamos falando do celular.
Uma pesquisa realizada pela empresa especializada em segurança online, a AVG, e divulgada pela revista Crescer, revelou que o brasileiro é mais conectado com a internet do que o resto do mundo. Nas entrevistas feitas no país, 71% dos pais confessaram que checam demais o smartphone. E 87% dos filhos concordaram com eles, afirmando que há um grande exagero. Será que este hábito tem feito bem às famílias? Veja o que mais diz a pesquisa:
- 65% dos pais confessam que ficam distraídos com o aparelho enquanto conversam com os filhos
- 59% dizem usar o celular enquanto dirigem
- 48% usam o celular durante o jantar
- 29% checam o celular enquanto brincam com os filhos
- 29% dos pais concordam que não estão dando bom exemplo para os filhos quanto ao uso do aparelho.
Se na hora que temos disponível para conversar com os nossos filhos ficamos penduradas no telefone, estamos roubando de nós mesmas o tempo que temos para estar com eles. Se checamos o aparelho ao dirigir, estamos roubando a nossa atenção e colocando em risco a nossa segurança e a de outras pessoas. Se não nos desligamos das redes sociais durante o jantar com a nossa família, estamos deixando claro que a prioridade à mesa não é o relacionamento pessoal, mas sim o virtual. Se não nos entregamos para as crianças na hora de brincar, e preferimos dar sempre aquela conferida na tela, estamos transmitindo que elas não são tão importantes assim.
Podemos continuar reclamando da falta de tempo, e fazer desse um hábito tão forte quanto viver grudadas ao telefone. Mas podemos escolher priorizar o que é de fato importante. Será que é preciso checar o grupo do WhatsApp enquanto seu filho conta como foi o dia na escola? Será que precisamos sempre conferir o e-mail enquanto todos estão à mesa para a única refeição do dia que é compartilhada? Será que postar a foto brincando com o seu filho é mais importante do que curtir de fato aquele momento?
O tempo está passando e não dá para curtir aqueles hábitos que nos roubam o que temos de mais precioso. Pense nisso!
