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Coaching para crianças? - Mães Que Oram Contato  do whatsapp Mães que oram

Coaching para crianças?


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Uma notícia publicada no site do jornal Estado de Minas levantou uma boa discussão: pais que estão preocupados com o futuro dos filhos estão investindo em coaching para crianças de apenas dois anos de idade. Antes de qualquer coisa, vamos entender do que estamos falando.

O coaching é um tipo de treinamento que surgiu no meio empresarial para orientar profissionais a desenvolverem melhor as habilidades. Normalmente o objetivo é ajudar executivos a identificarem pontos fortes, pontos a serem trabalhados e traçar metas. O “coach” é como se fosse um treinador, que ajuda o “coachee” a chegar onde deseja. Quem contrata esse tipo de serviço costuma responder questionários, fazer entrevistas e conversar muito ao longo do processo. Normalmente tudo é feito em encontros periódicos e é necessário um comprometimento bem grande das duas partes para que os resultados sejam atingidos. E eles costumam ser. É um trabalho fantástico para profissionais em geral, que ajuda muita gente a se conhecer, a melhorar o desempenho e a chegar onde deseja.

Mas será que crianças precisam de coaching? Antes de continuarmos, pare um pouquinho para ler a reportagem completa que foi publicada no dia 22 de junho de 2015:

http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2015/06/22/interna_nacional,660669/pais-buscam-coaching-ate-para-criancas-de-apenas-dois-anos.shtml

Leu? Bem, então agora é hora de refletir. Crianças são pessoas em desenvolvimento. Algumas vão ler mais rápido, outras vão ser mais ágeis e sempre existirá alguma área que vai requerer dos pais um pouco mais de dedicação. Isso é normal. Assim como nenhum adulto é igual, as crianças também são diferentes e amadurecem de acordo com o próprio tempo. É claro que algumas apresentarão deficiências e precisarão de apoio profissional, mas antes de qualquer coisa elas precisam de pais presentes que as compreendam, as amem, e entendam que crianças não são mini-adultos.

Hoje em dia é normal ver crianças e adolescentes com agendas tão cheias quanto à dos pais. Com aulas de esportes, teatro, dança, música, idiomas, reforço escolar e outras coisas. São tantas atividades que em alguns casos difícil é encontrar um tempo para brincar. Para permitir que eles cresçam naturalmente, no próprio tempo, sem tanta competição. E agora sessão de coaching? Para estimular ainda mais uma geração que já nasceu ligada no 220 volts? Será que é disso mesmo que os nossos filhos precisam? Até que ponto vamos alimentar uma cultura de competição? Será que aos dois anos de idade já é necessário treinamento para liderar? Devemos submeter nossas crianças tão pequenas a essa tensão, quando elas deveriam estar brincando de bola com o vizinho? Ou correndo pela casa com os irmãos? Até que ponto devemos lotar a agenda dos nossos filhos com atividades que nem sabemos se eles gostam mesmo? Será que tudo isso de fato é bom?

Sobram perguntas e faltam respostas. Mas todo esse questionamento serve como um bom debate, uma boa reflexão, para cada mãe e pai. Precisamos pensar que tipo de família queremos ser. Que tipo de pessoas queremos criar. Precisamos também conversar mais com os nossos filhos para saber deles se as nossas escolhas têm colaborado de fato para o crescimento, ou se estão apenas ocupando um tempo precioso que eles gostariam de ter livre para ser quem são. E a infância e a adolescência é um  tempo que não volta mais…

E mais do que tudo, precisamos buscar em Deus se as nossas escolhas estão sendo guiadas por Ele. O nosso Pai Celestial é o maior interessado nas nossas vidas, e nas dos nossos filhos. Por isso temos que parar para consultá-lo, ao invés de simplesmente tomarmos decisões guiadas por modismos ou pelo conselho da maioria. Algo que é bom para o filho da sua vizinha, pode não ser bom para o seu. Algo que funciona na sua casa, pode não ser tão interessante para a família que mora ao lado.

Mais do que orientação precoce, crianças precisam de amor. Precisam de tempo para curtir a família, para fazer amizades descomplicadas, para brincar e para ficar à toa. Elas precisam entender a importância de respeitar o próximo e a compartilhar o que possuem. E isso é mais necessário do que desenvolver técnicas de liderança. Elas precisam descobrir como lidar com os próprios dilemas e desafios que vão aparecer naturalmente no dia a dia, na sala de aula, na pracinha do bairro, no parquinho do prédio. E assim elas vão aprender o que é ser um indivíduo, enquanto nós, atentos à cada passo, aprendemos também a sermos pais.

E que Deus nos dê sabedoria para desempenharmos bem essa missão.