Por: Daniela Ribeiro
“… ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado…” (Romanos 12:3).
Neste versículo o apóstolo Paulo fala sobre os perigos do orgulho espiritual, porém quero analisar este mesmo assunto pela nossa ótica de “mães”.
É muito comum encontrarmos mães que se vêem sobre dois extremos. De um lado existe aquelas que se consideram perfeitas, que não necessitam mudar nada em suas condutas. Essas mães acreditam que estão no nível mais alto do exercício desta missão e limitam o poder aperfeiçoador de Deus em suas vidas. E de outro, estão aquelas que se menosprezam e não conseguem ver nenhum atributo ou ponto positivo em si mesmas. Por vezes oscilamos sobre esses dois extremos e corremos o risco de passar longe do equilíbrio, conforme o apostolo Paulo nos orienta no versículo de Romanos.
Viver a maternidade é de fato um desafio que requer muita energia, sabedoria e dedicação. Até termos o primeiro filho, nunca havíamos sido mães e quando nos tornamos, não recebemos na hora do parto nenhum manual de como fazê-lo. Porém, encontramos na Bíblia um manual riquíssimo para agir em toda e qualquer situação. Inclusive na maternidade.
Na Palavra de Deus encontramos conselhos atuais, usuais e eficazes para sermos mães bem sucedidas. São ensinamentos preciosos e que já temos certeza que darão certo. Podemos aprender com os erros e os acertos das mulheres daquele tempo que também foram mães. Ao ler as Escrituras encontramos relatos de mulheres como Ana, que não podia ter filhos mas buscou em Deus a realização deste sonho; Sara que na falta de sabedoria estimulou a competição entre os irmãos; Agar que batalhou pela vida de Ismael. E aprendemos com Paulo, que não teve filhos, mas nos traz o sábio conselho de que não devemos nos achar superiores à outras pessoas.
Infelizmente muitas mulheres competem entre si, perdendo tempo se achando e se colocando como superiores. E assim passam a viver uma maternidade desequilibrada. Porém Paulo nos lembra que devemos olhar para nós mesmas para não termos uma visão errada de quem somos. Não somos perfeitas, e por mais que nos esforcemos, que demos o nosso melhor, sempre podemos aprender com outras mulheres, com outras pessoas. Sempre podemos melhorar. Da mesma forma não somos as piores, e precisamos valorizar o que temos de bom. Por isso é tão importante olhar para si, buscar a forma como o Senhor nos vê, e acima de tudo compreender as nossas limitações. Isso traz equilíbrio para as nossas vidas.
Ao levarmos em conta o conselho de Paulo, teremos conceitos equilibrados sobre nós mesmas. E assim estaremos agindo em concordância com o padrão de Deus para a maternidade.
